"SERMÃO DA MONTANHA" O Evangelho do Reino
FONTE:- http://www.estudosdabiblia.net/e2_1.htm#2
De todos os ensinamentos de Jesus, o Sermão da Montanha, por ser o mais conhecido, deveria também ser o mais entendido e praticado entre a humanidade.
A mente moderna, tanto religiosa como irreligiosa, tem tratado esse sermão das maneiras mais variadas. Muitos, por não perceberem a grandeza de sabedoria nele contida, o rejeitam e o tornam impraticável. Aqueles que o aceitam, o fazem com reservas significativas.
Entre os conservadores religiosos, muitos pré-milenaristas o vêem, erroneamente, como mais uma “lei” inconsistente e de aplicação impossível num mundo pecaminoso.
A grande parte do protestantismo evangélico tem separado a vida em duas arenas: uma pessoal e outra social. Para eles a ética do Sermão da Montanha é destinada a conduzir somente aos relacionamentos pessoais; por incrível que pareça, consideram impossível aplicar os preceitos deste sermão aos negócios e ao governo.
Não podemos permitir que a palavra de Deus seja enfraquecida e o Evangelho seja ajustado ao estilo de vida das pessoas indisciplinadas e indulgentes.
Retomando ao ponto de partida, vemos que o Sermão da Montanha foi primeiro dirigido a um mundo no qual os fariseus tinham conseguido drenar a vida e o significado da lei de Moisés. Hoje, nós vivemos num mundo que transformou o evangelho em pouco mais do que civilidade. Razão pela qual, devemos, com urgência, olhar freqüente e cuidadosamente para o sermão do Filho de Deus que, certamente, mais do que qualquer outro define a própria essência do reino do céu.
Se, humildemente ouvirmos e praticarmos os ensinamentos nele contidos, certamente “nossas vidas serão transformadas, nosso espíritos revigorados e nossas almas serão salvas”.
O ponto de vista do Novo Testamento sobre o sermão é melhor entendido na introdução que lhe fez Mateus. O Sermão da Montanha é “o evangelho do reino” (Mt 4,23). Isto deveria servir para engrandecer duas coisas: Primeiro, que ele não é meramente exposição da lei e, segundo, que suas bênçãos e princípios éticos não são atingíveis pelos não convertidos. Este é um sermão para os ci-dadãos do reino. Somente a salvação, e não a reconstrução social, é seu alvo e os homens de sabedoria mundana, por não se converterem, estão destinados a jamais entendê-lo.
No relato de Lucas, o Sermão da Montanha é colocado no segundo ano da pregação pública do Senhor, quando ele atingia o auge de sua popularidade. Popularidade esta que ele nunca confiou (Jô 2,23-25) e que se verificou ser de pouca duração (Jo 6,66). Aqueles tempos parecem ter sido caracterizados por um grande entusiasmo religioso, que era tanto desorientado como superficial.
O Sermão da Montanha permanece, ainda hoje, como uma explanação da verdadeira natureza do reino de Deus.
É um sermão proferido na História e serve para respondes às ques-tões que, naturalmente, seriam levantadas pelo anúncio em Israel, do eminente aparecimento do reino (MT 3,1;4,17). E tem mais, o caráter totalmente inesperado do pregador e o acirrado conflito entre Jesus e os fariseus estavam para provocar ainda maior preocupação entre aqueles que primeiro ouviram o grito: “Está próximo o reino dos céus!”
O discurso de Jesus na encosta de um monte galileu não é, na rea-lidade, um mero sermão. Ele mais se aproxima de um manifesto do rei-no de Deus. Há mais ensinamento de Jesus do que este, mas aqui sen-timos a verdadeira essência da verdade do reino; e o negligenciaremos com nosso próprio risco. Porque ele trata de atitudes, o sermão perma-nece na entrada do reino de Deus tanto quanto em seus mais exal-tados planos. Ele não é somente carne para os maduros mas um desafio àquele que faz sua primeira aproximação ao domínio e a justiça do céu.