DUAS MÃES NO CÉU

Pálidos raios do ocaso

Tocam suavemente as brancas asas

De uma garça, no crepúsculo das lembranças

Das Aves Cheias de graça que rezávamos

No entardecer, quando crianças.

E no colo da mãe, quando a noite vinha

Rezavam-se o terço e a ladainha

À Nossa senhora, mãe das criaturas

Agora, pois, a outra mãe sorridente

Coberta pelo véu da bem-aventurança

Intercede por nós lá nas alturas...

Derramando bênçãos em abundância.