PRECONCEITO: PARA REFLETIR E REZAR
P reconceito :
R eação rápida e com defeito
E m julgar tudo o que não foi aceito
C om nosso jeito de agir e pensar
O nde colocamos nossa opinião
N a frente, antes de ver a questão
C om o coração e a razão
E m tirar de tudo um lição
I nterverir nas atitudes
T irando os olhos das virtudes
O que na minha opinão é preconceito.
P osso eu julgar o irmão?
A credito que não
R efletir nos leva
A procura de respostas
R esponda voce agora
É certo julgar pela aparencia?
F icar sempre a primeira impressão é a que vale?
L ógico que não por que o
E ssencial é invisível ao olhos
T emos que olhar com o coração
I sto se faz com calma
R azão que vem da alma
E sperar para ver e sentir
R espostas para não ferir
E m tudo o irmão
Z elar para não cair em tentação
A de estar sempre com a razão
R ecorrer muitas vezes a outra opinão.
COM CARINHO
ANGELICA GOUVEA
Preconceito: para refletir e rezar!
Estávamos assistindo um filme, que no inicio por algumas cenas e pela linguagem parecia chato e não nos acrescentaria nada. Diante de toda a discussão eu tinha me decidido a assistir o filme até o fim e tirar dele uma lição para minha vida. Pois, Deus nos chama a ter uma visão critica diante das coisas que entram pelos nossos olhos e ouvidos, não posso ser espectador passivo e engolir tudo que me oferecem sem antes ver se é bom para minha saúde, mental, espiritual e humana. E muito menos deixar que o preconceito vença antes de fazer um julgamento justo, porque “é preciso ver com o coração, pois o essencial é invisível aos olhos”. (Saint-Exupéry).
Éramos três, um de nós tinha ficado na primeira impressão e tecia comentários desagradáveis o tempo todo: “Quem alugou esse filme?” “Olha essas cenas e esse linguajar”. E não parava de murmurar, tivemos que fazer um enorme esforço para manter a concentração e buscar a mensagem, a formação do filme, mas confesso que estava muito difícil, pois este amigo tinha desistido de acreditar já no inicio, nas primeiras dificuldades ele desistiu e ficou no preconceito, na primeira impressão. É preciso conhecer para não matarmos as pessoas e as coisas na falsa idéia de que a primeira impressão é a que fica, será?
Primeira lição que tirei desta situação: não posso parar nas aparências e nos preconceitos, pois nem sempre a embalagem pobre revela o presente precioso que esta dentro dela. O presente tem diversos valores, que é diferente para cada um, o valor de custo, o valor emocional agregado ao “valor” da pessoa que lhe presenteou, e esse é quase sempre é mais valioso do que todos os outros. Quem nunca guardou um brinquedo velho em detrimento de um mais novo e mais bonito só pelo valor sentimental? Segunda lição: eu disse para esse amigo: “Ninguém tem o direito de roubar a experiência que o outro precisa fazer de cada coisa ou situação, mesmo que essa intenção pareça muito boa”. Eu preciso respeitar o direito dos outros, que começa quando o meu termina, não posso impor que meus amigos, familiares engulam minhas chatices e minha visão das coisas. Mesmo porque a visão de um só é sempre limitada.
Terceira lição que eu tirei do filme: não posso tirar os olhos do essencial, pois corro o grande risco de me perder no acidental. A linguagem, as cenas iniciais eram acidentais, eram comerciais, o essencial era a mensagem de que apesar da vida não ser exatamente como nós sonhamos e planejamos, ela continua e eu posso escrever uma nova historia. A vida nem sempre me oferece uma matéria prima boa, mas a diferença esta no que eu faço com a matéria prima que a vida me oferece. A vida continua, por isso, preciso ficar com o essencial para não me perder no acidental. O que é essencial na sua vida hoje? Aproveite os acidentes da vida para escrever uma nova historia, eles podem ser a matéria prima que você precisa não se perca no acidental.
“Somos eternamente responsáveis por aqueles que cativamos”. Saint-Exupéry
Minha benção fraterna.
Padre Luizinho,
Missionário Canção Nova