SÃO FRANCISCO DE ASSIS

O autor deste poema é Sebastião Gomes de Oliveira que reside na cidade de Paraibuna Estado de São Paulo

Em mil cento e oitenta e um,

Num dia muito feliz,

De uma família nobre

Nasceu Francisco, em Assis.

Assis era uma cidade

De povo alvissareiro;

De ilustres comerciantes

E de valentes guerreiros.

Povo bom, hospitaleiro,

Muito alegre e jovial;

Contudo não se cuidava

Da vida espiritual.

As preocupações do mundo,

Prazer, riqueza e ambição.

Muitas vezes abafavam

Sua fé e a religião.

Foi aí nessa cidade,

Que São Francisco viveu

Com seu pai, homem ambicioso,

Que não pensava em Deus.

Francisco também queria

Como o pai, ser comerciante

Por isso é que ele vivia

Só com gente importante.

Alegre, descontraído...

Vivia muito contente.

Foi então que um certo dia

Se transformou de repente.

Francisco foi para a guerra.

Transformou-se num guerreiro.

Porém, seus adversários

O tornaram prisioneiro.

Na prisão, sua alegria

Animava os companheiros:

Dizia piadas, cantava,

Animava o dia inteiro

Mas foi aí na prisão

Que seu nobre coração

Pelo Senhor foi tocado.

Deus mostrou-lhe a falsidade

Deste mundo de maldade,

De egoísmo e de pecado.

Saindo, pois, da prisão

À sua terra voltou

Foi quando em oração

Uma voz ele escutou.

Era a própria voz de Deus

Que Francisco escutava,

Para cumprir a missão

Que o Senhor determinava.

Francisco foi se tornando

Melancólico, tristonho.

Ele que era tão feliz,

Tão alegre e tão risonho.

É que Deus o preparava,

Tocando-lhe o coração,

Para uma grande batalha.

Para uma grande missão.

Certo dia ele entrou

Na Igreja de São Damião.

Diante da cruz de Cristo,

Prostrou-se em oração.

E Jesus crucificado

Começou a lhe falar:

Vai meu filho, bem depressa

Minha Igreja restaurar.

Francisco obedeceu

As palavras do Senhor

E restaurou três Igrejas

Com desvelo e muito amor.

Naquele tempo andavam

Por caminhos tortuosos,

Como bichos, escondidos,

Os infelizes leprosos

Banidos da sociedade

Por uma doença sem cura,

Viviam os desgraçados

Uma vida de amargura!

De hoje em diante, meu pai,

Vou tomar a minha cruz

E unir-me aos pobrezinhos

Como um dia fez Jesus.

E dizendo essas palavras,

Contemplou a natureza.

Unindo-se para sempre

À sua irmã pobreza.

Dominando os instintos

Praticou a castidade.

A partir deste momento

Sentiu mais felicidade.

Sentiu em seu interior

A inspiração celestial:

Precisava restaurar

A Igreja Universal!

Então a Primeira Ordem

Dos franciscanos, surgiu.

Em mil duzentos e dez,

A dezesseis de abril.

O Papa os abençoou.

Eram doze os irmãos.

Praticavam a pobreza,

Castidade e oração.

Depois aparece Clara

Que aos frades se irmana.

E nasce a Segunda Ordem

Da família franciscana.

As irmãs de Santa Clara

Possuem a mesma vivência:

Pobreza, total pobreza,

Castidade e obediência.

Depois Francisco fundou

A nossa Ordem Terceira

Que foi desde o seu começo

Muito, muito alvissareira.

Pois essa Terceira Ordem

Que São Francisco fundou

Pelo mundo, em pouco tempo,

Com rapidez se espalhou.

Hoje em dia os franciscanos

São centenas, são milhões...

É o nosso pai São Francisco

Unindo os corações!...

Um belo dia, Francisco

De um leproso se achegou

E, num gesto de carinho

Sua ferida beijou.

A partir desse momento,

Sentiu a transformação;

Uma paz interior

Invadiu seu coração.

Sentiu que toda a riqueza

Nada lhe representava.

Despojando-se das vestes

Ao seu pai as entregava,

E com firmeza na voz,

Desse jeito ele falava:

Antônio Oliveira
Enviado por Antônio Oliveira em 03/11/2008
Reeditado em 03/11/2008
Código do texto: T1264328