O Leão de Judá e os outros leões.

“Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” (Jo.8:44b).

O que é o diabo?

O diabo diz respeito a um ser extra-humano, anterior ao ser humano, inimigo de Deus, dotado de alguns poderes e relativamente livre.

Trata-se de uma pessoa e não uma mera força. É um ser inteligente, astuto, sutil, insistente, que usa e abusa da mentira, capaz de fazer grandes estragos tanto na vida humana como na criação de Deus.

Certamente não é aquele diabo medieval, pintado e descrito erroneamente (vermelho, com chifres, com tridente e rabo) e que tem provocado mais confusão do que esclarecimentos, mais duvidas do que certezas, e mais zombaria do que medidas preventivas.

A liberdade do diabo é limitada e controlada soberanamente por Deus, como se vê na experiência de Jó (1:12; 2:6) e na de Pedro (Lc.22:31). Ele é chamado de tentador (Mt.4:1; 1Ts.2:5) e de adversário (1Pe.5:8).

Pouco ou nada se sabe a respeito dele antes da sua primeira incursão na história lá no Éden (Gn.3:1-7), mas sabe-se o suficiente sobre o seu destino final (Ap.20:7-10).

A carne, o mundo e o diabo, representam o eixo do mal. Exceto o capítulo 2 da carta aos Efésios, os três são mencionados separadamente nas Escrituras, embora tenham sempre o mesmo propósito.

Qualquer um de nós pode subscrever o desabafo do salmista: “Acha-se a minha alma entre leões, ávidos de devorar os filhos dos homens” (Sl.57:4). Podemos fazer a seguinte analogia: um dos leões vive dentro de nós (a carne); outro leão está ao nosso derredor (o mundo); e ainda outro leão está um pouco acima de nós (o diabo).

Esses “leões” internos e externos, esotéricos ou não, não valem nada diante do LEÃO DE JUDÁ, que abriu os sete selos para descerrar a história da redenção.