Deus não faz o destino, mas sim nós

 

            Temos um grande defeito, que é, colocar nas Mãos de Deus o nosso destino, como se tudo que nos vem ou que acontece no futuro em relação a nós, a sociedade é por permissão ou acontece porque Deus quis. Este é um grande erro, porque de certa forma pensando assim, estamos omitindo nossa responsabilidade e transferindo para Ele nossas ações e omissões.

            Embora, tudo que Jesus passou já estivesse escrito, não foi porque Deus quis que acontecesse, mas sim, porque Ele já sabia que ocorreria por conhecer o Homem e até onde ele pode chegar. No entanto, também a partir da miséria humana, Deus veio nos libertar. Enfim, o que aconteceu com Jesus já estava escrito pela Onisciência de Deus. 


           
É importante sermos conscientes que, mesmo Deus sendo Onipresente não nos priva da liberdade e não interfere de maneira efetiva nas nossas decisões, se o fizesse isto, certamente, tiraria nosso livre arbítrio. Por mais que Ele nos ame, mantém nos livre para as decisões que desejamos tomar, e assim sofremos as conseqüências seja elas quais forem. 

            É comum usamos Seu Nome em vão cotidianamente para todos os fins. Triste quando ainda usamos na busca de nossos próprios interesses, muitas vezes chantageando nosso irmão quando desejamos obter algo, ou mesmo quando nos sentimos prejudicados. Muitas vezes, usamos o nome de Deus para nos qualificarmos melhores que os outros. Talvez este seja um dos grandes pecados da humanidade ou de muitos daqueles que são chamados de forma especial para levarem a Palavra de Salvação sendo condutores de grandes, médios ou pequenos rebanhos.  
 

            Precisamos sermos conscientes que todos nossos atos têm conseqüências diretas ou não, por exemplo, se escolhemos maus nossos governantes não é Deus quem os colocou no poder, mas sim nós, e receberemos a resposta de nosso ato. Não tem como plantar limão e colher laranja. Dá mesma forma, usar o nome de Deus para conseguir se eleger é  em vão, tal ato terá conseqüências.
 

            Dei o exemplo sobre nossos atos de cidadania, mas também poderíamos falar sobre as doenças e problemas afetivos. Isto é, vivemos uma vida irregular, fumando, bebendo, não cuidando da saúde então ficamos doentes e creditamos a Deus tais doenças, como se fosse da vontade Dele.

            Enfim, Deus nos ama infinitamente além de nossos erros, fraquezas e pequenez, porém, não nos poupa das conseqüências de nossas atitudes, condutas e comportamentos. Ele sempre nos mostrará o caminho correto, o da felicidade, porém, permitirá o resultado de nossas ações e vou além, o sofrimento que causamos aos nossos irmãos seja por atos ou omissões recaem sobre nós, neste sentido, devemos ser coerentes em nossas ações. 

            Certamente, quando crescemos percebendo nossos erros e procuramos concertá-los, Seu amor nos cobrirá e assim, conseguiremos descobrir o caminho correto para seguir; não seremos poupados dos sofrimentos, mas assumiremos a cruz que nós mesmos a construímos para carregarmos.

Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 01/09/2008
Reeditado em 01/09/2008
Código do texto: T1156790