12º Domingo Comum

                   Jr20,10-13;Sl68(69);Rm5,12-15;Mt10,26-33

            O trecho de hoje que lemos na liturgia é uma série de ditos ligados ao convite para “ter medo” das perseguições dos homens e para depositar a confiança no Pai Celeste.

            A revelação de Jesus, feita em particular para os discípulos, como que surrrurrada ao ouvido, deve ser  proclamada em todos os lugares; não é uma mensagem reservada a poucos iniciados,mas deve ecoar sobre os telhados.

            A contraposição “alma-corpo” do v.28 deve ser lida  como indicação da totalidade da pessoa e da vida que está unicamente na mão de Deus.

A “geena” (inferno) é aqui símbolo de uma condição não de um lugar; o corp e a alma perecerem na geena indica o oposto de alguém ser salvo, mantido na vida por Deus.

            O terceiro convite para “ não temer” é sabiamente introduzido por uma pergunta retórica :“Não se vende dois pardais por um asse?”(29) Ela chama a atenção sobre o cuidado que  Deus tem com as criaturas. A última palavra de salvação para os discípulos, enviados em missão, para proclamar o evangelho no mundo, será o reconhecimento de Jesus diante do Pai que está mo céu.

            Uma forma especial de testemunho, à qual o nosso trecho alude diretamente é da confissão do Nome de Deus em meio aos sofrimentos, até o martírio. Nos atos se diz que os apóstolos “saíram do recinto do Sinédrio regozijando-se por terem sido achados dignos de sofrer afrontas pelo nome (At5,41:o nome de Jesus e o nome de Deus se fundem num só).

            Cristo ao dizer: “publicai de cima dos telhados” desejava que seus discípulos fizessem a maior divulgação possível de tudo que ele ensinara. Por isso os apóstolos  e  os cristãos usaram e ainda hoje usam os mais diversos meios  para transmitir os ensinamentos de Cristo.

            Recebemos os ensinamentos de Cristo. Que meios estamos usando para  transmiti-los a nossos familiares, amigos, vizinhos, e outras pessoas? Como membros do Corpo místico de Cristo, não podem deixar de realizar a nossa função, a nossa missão, a nossa parte no trabalho do Reino de Deus aqui e agora.



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