"A VOLTA DO FILHO PRÓDIGO"


Um dia eu saí da casa do meu pai
Antes de ir eu falei:

- Pai vou ser feliz!
- Filho, não posso prender-te debaixo das minhas asas
 Tens o livre arbítrio e a minha benção.

Ignorei as suas lágrimas
Coloquei nas costas uma mochila de ilusão
Dei-lhe um beijo e parti
E saí pelo mundo a fora em busca de sonhos
Achando que a felicidade só estava naquilo
Que me proporcionava prazer.
E Tudo era lindo, perfeito!
E assim fui desperdiçando meus dotes com futilidades
Negociava  felicidades custasse  o que custasse
Não importava o preço que eu tinha de pagar
Eu me sentia Onipotente como o meu Pai
Mas esse foi o meu maior vacilo
Eu esqueci que longe Dele eu não sou nada
E que tudo aqui é vil e passageiro

E passaram-se os dias de glória
E vieram as tempestades
A solidão
A sede
A fome
O frio
O tédio!

Com a alma desolada e o espírito esmagado
voltei para a casa do meu Pai:

- Pai deixe-me entrar, estou enfermo e abatido.
- A casa é tua filho meu, prenda minha!
Entra, eu "Cuidarei de ti e sararei as tuas feridas"

- Pai eu vacilei
- Filho você cresceu

- Pai eu pequei
- Filho eu já te perdoei

- Mas eu gastei tudo que me deste
- Filho eu te darei tudo em dobro

- Porque meu pai?
- Porque você voltou. Não esqueceu a casa do teu velho pai

- Eu te amo meu pai, aqui é o meu lugar.
-“Filho eu já te amava antes de você ver a luz do dia;
Eu formei cada célula do teu corpo;
Eu te conheço como um pastor conhece as ovelhas do seu pasto;
Ainda que te afastes de mim, eu jamais te deixarei
E nem te desampararei.
Estarei contigo até a consumação dos séculos!”


jambo
Enviado por jambo em 19/06/2008
Reeditado em 19/06/2008
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