NELA, TENHO VIDA E SOU!

 

Ao longo desses oito anos, venho buscando aquela que carinhosamente apelidei de Double N, com a mesma intensidade com que tentei me tornar o modelo ideal para ela—um companheiro mais adequado, alguém capaz de agradá-la e entretê-la. O significado desta página só faz sentido porque, de alguma forma, sinto que ela me acompanha, ainda que sua presença seja oculta e invisível. Espero que ela compartilhe do mesmo objetivo que eu: superar as barreiras que parecem intransponíveis para ficarmos juntos. O que a fé não pode realizar, a vontade, a força de vontade—ou, quem sabe, a vontade de potência—realizam.

 

Com a mesma dedicação com que a busco todos os dias, com que pesquiso sua estranha @ no Instagram em busca de qualquer pista que me faça lembrar dela, eu também seria fiel a ela de maneira única e absoluta, fazendo tábula rasa de tudo que já vivi. Seria hipocrisia minha fazer tudo isso para que, no fim, meu amor não fosse inteiramente dela. Essa é minha vocação: ser fiel a uma única mulher—a minha, aquela que meu coração escolheu amar em detrimento de todas as outras (e, acredite, são muitas).

 

Como disse Drummond:

 

“Mas as mulheres bonitas são tantas

E eu sou tão pouco.”

 

Porém, não quero que ela abra mão de suas escolhas, de suas decisões, de seus amigos, por mim ou por minha influência. Acredito que um casal deve ter sua vida separada e, quando juntos, se complementar. Se os amigos coincidirem, tanto melhor. Mas não é o fato de treinarem sempre juntos, como observo alguns casais fazendo, nem de nunca se separarem, que impedirá uma traição. O que garante isso é o compromisso, a responsabilidade afetiva, a ética—mas, acima de tudo, a fidelidade de sentimentos e de amor.

 

Por isso, fiquei triste e, ao mesmo tempo, feliz ao perceber que não encontrei mais sua @ no Instagram. Se foi uma escolha própria e refletida, tudo bem. Mas, se foi por minha causa—direta ou indiretamente, seja para evitar que eu entre em contato ou porque ela sabe que sou crítico das dinâmicas superficiais das redes sociais de imagem, como o Instagram—, isso me entristece. Não quero que ela se afaste de si mesma, de seus amigos, por minha causa. Pelo contrário, quero ajudá-la a se aproximar ainda mais de sua individualidade única e singular.

 

Se sua decisão de excluir a rede passou por esse desejo de reconexão consigo mesma, eu apoio. Mas, se foi para agradar ou desagradar alguém, então eu não poderia apoiar. O que sei é que, durante todo esse tempo, ela tem sido fundamental em minha vida.

 

Nela, tenho vida e sou. Ela me ajuda a ser quem sou, me inspira a buscar a melhor versão de mim a cada dia, a ser uma pessoa melhor.

 

FORA DE TÓPICO:

Você perdeu o podcast do Recanto das Letras por Dave le Dave? Está curioso para ouvir a voz deste humilde escriba? Ou tem preguiça de ler e prefere me escutar enquanto lava a louça?

 

Então clique nos links abaixo e ouça meus pensamentos em voz alta.

 

Aqui está o episódio dois, sobre a importância da inutilidade:

 

DEUS ME LIVRE DE SER ÚTIL – Podcast do Recanto

 

E o episódio um:

 

O PODCAST DO RECANTO DAS LETRAS por Dave Le Dave

DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo)
Enviado por DAVE LE DAVE II (Sim Ele Mesmo) em 18/03/2025
Reeditado em 18/03/2025
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