O dia em que a alegria venceu o tempo
Eu queria que essa fantasia fosse eterna, que o vento nunca apagasse o brilho das serpentinas no ar, que os relógios parassem de contar e que a folia virasse lei universal. Que os pés nunca se cansassem de dançar e que o riso fosse um decreto inquebrável, estampado nas ruas, nos olhos, na alma.
Quem sabe um dia a paz vença a guerra, e as bombas explodam apenas em fogos de artifício, iluminando a escuridão com cores que não machucam, mas encantam. Que as armas se derretam em ouro para coroar o triunfo da harmonia, e os soldados voltem para casa trazendo no peito, não medalhas, mas abraços que duram uma vida.
E viver será só festejar, sem medo do amanhã, sem grilhões que prendam o riso, sem nuvens que apaguem o brilho dos sonhos. O céu será o teto de um grande salão de baile onde todos dançam ao som da felicidade. Quem sabe, um dia, o impossível acorda e descobre que já não tem mais espaço onde se esconder.