Em algum lugar eu quis falar que quando morremos para nós mesmos temos chance de pertencer ao outro. Não de posse. Mas de conquista que está na paz de, finalmente, saber-se quem se é, na liberdade de amar e saber-se amado. Por isso, não são necessárias palavras. O silêncio também tem música, toca a alma e fala o que não conseguimos dizer. Se a vida for um teatro quero viver nos bastidores, onde a cortina não fecha e as portas não existem para os que ali transitam. A eternidade é essa continuidade. Quando os atores despem as máscaras, quando são quem de fato são. Então há a entrega. O trem da morte é o da vida. Pois para renascer precisamos primeiro morrer. Somos fênix do tempo. Sobrevivemos ao fogo da dor, da saudade, da ansiedade, angústia e nos erguemos, asas planantes, por sobre as nuvens e a terra. O universo é nosso. Nosso mundo é Aqui e Agora. Feliz Aqui! Agora! Somos pássaros. Vamos voar! Mas não preciso saber - só viver. Cada dia é para ser vivido em toda sua intensidade. Que seja!