Das perdas que nunca param de doer

Mais uma amigo que se foi

31/08/2007 11:56

 

A vida é assim. Hoje choramos a morte de alguém. Amanhã alguém chora a nossa morte. 

 

Ontem, um dia triste para nós outra vez. Perdemos um irmão na fé, um amigo querido. Irineu morava longe, em Florinópolis, mas sempre que podia passava aqui para um café e um papinho.

 

Temos história com ele. Nos conhecemos a muitos anos. Meu irmão morou com ele em Florianópolis, trabalhava para ele. E quando Milton José desapareceu no mar e morreu, a família do Irineu acolheu a minha.

 

E ontem Irineu se foi. Partiu para a eternidade de luzes. Depois de cinco meses de UTI. Ele foi atropelado, entrou e coma, ficou todo este tempo na UTI e ontem descansou.

 

Fomos lá, abraçar Kátia, sua filha com o noivo Altemir, também amigos nossos. Fomos lá, chorar nossa dor e nos despedir dele por um tempo. Um tempo, porque acreditamos que vamos nos encontrar na eternidade outra vez.

 

Ontem, a morte me pegou em cheio outra vez. Enquanto olhava o corpo inerte, pensava na vida. Pensava na vida do Irineu. Sempre ativo, envolvido em vários movimentos sociais.

 

Pensei na minha vida. Na vida de meus queridos. E agradeci a Deus. Por estar viva. Por ainda ter a chance e a alegria de poder viver. 

 

E saí de lá decidida a viver minha vida da forma mais digna, mais linda, mais maravilhosa que eu possa viver. E saí de lá, decidida a amar a vida, a cuidar da vida e a compartilhar cada vez mais com os outros o presente que Deus me deu: a Vida!

 

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