A propósito de nada... só amor.
Hoje desejo escrever sobre 'nada'. Talvez tendo senão a mesma intenção de Goethe, que, ao escrever para sua amada, o fazia simplesmente pelo prazer de saber que as mãos dela segurariam o papiro onde ele depositava suas ternas palavras. Da mesma forma, escrevo para você, apenas pela alegria de saber que seus olhos passarão diante do que escrevo.
Gabriel, um jovem apaixonado aqui do Recanto, escreveu que a pessoa amada mudava seu tempo verbal; com ela, tudo se transformava em futurologia, ele fazia previsões do futuro com ela. Você também tem essa capacidade de modificar minha linguagem, com a diferença de que, se eu te encontrar novamente no futuro, passarei a pensar apenas no presente, na magia de um simples instante.
Hoje percebo que sempre te amei; antes mesmo de te conhecer, você já estava dentro de mim. Ou, em palavras mais poéticas, 'Quando te vi, amei-te já muito antes. Tornei a encontrar-te quando te achei'. Ou, de forma mais simples, sempre sonhei com alguém como você.