Um Adeus...
Por Nemilson Vieira (*)
Sonhos desfeitos, vazio a durar. Dor no peito de não aguentar…
Encontros e despedidas, entes queridos, ternos amigos, num só lugar se confortam…
Choros, doídas horas a passar…
Comoventes encontros; ombros amigos, a amparar…
Ouvidos a ouvirem tristes ais, olhos a verem sentidas lagrimas, prantos…
Parentes, amigos convergidos ao mesmo sentimento…
No percurso da dor, nem no gorjeio das aves no campo-santo há encanto.
Ao descer o corpo à campa, os vivos cantam seus pesares, repensam suas vidas…
O que fora feito com amor, se desfaz num sopro…
Alado símbolo da paz, em voo, ao rasgar o céu na despedida, desejo derradeiro, cumpre…
Polegares em ristes, cruzam a fronte, o peito (três vezes). Mãos à terra, aos punhados de pó, à parte é feita…
Um até breve, um vai com Deus, sela a despedida, o adeus.
A alegria convertida em dor, maltrata os que ficam no pesar…
Se circunstâncias num instante, escavam as dores, noutro, nos favorece em ânimo; ao caminho que nos resta.
Aos que ficam, vida que segue…
*Nemilson Vieira de Morais
Gestor Ambiental/Acadêmico Literário.
Literário (19:03:21)