Saudades de quando caía a chuva no meu corpo-criança e somente de roupa sumária cobria-me inteira.
Saudades de quando caía a chuva no meu corpo-criança e somente de roupa sumária cobria-me inteira. A nudez infanto-juvenil reinava, a inocência capaz de melhores dias. Os pés descalços denotavam liberdade adquirida pelos meios divinais. Os compridos cabelos acariciavam devidamente todo o ser. A pele cor-de-rosa transbordava aroma apurado das benesses celestiais. Os risos demonstravam estado de alma favorável. Os pensamentos transbordantes de sonhos dourados. Castelos luminosos e multiplicados pela ação do tempo. A Natureza esplendorosa reinava em completa harmonia. Os cantos balsâmicos dos pássaros enchiam recantos privilegiados. Tudo medido de conformidade com os ditames sagrados. Saudades! Saudades dos tempos idos de meu sertão nordestino piauiense. Em vinte e três de setembro de dois mil e vinte e um.
(Texto (acima) transposto do Facebook de Francisca Miriam (Aires Fernandes), publicado/compartilhado no mesmo Facebook, em 23 de setembro de 2021.).
© Francisca Miriam Aires Fernandes 2021.