PARA MEUS PAIS

Pai, Mãe...

vocês partiram muito cedo...

bem antes de eu ter compreendido,

o sentido de tê-los sob uma visualização

de múltipla bondade, de intensa proteção.

Também de valores reconhecidos pela alma,

pela matéria e pela consciência de libertação.

Achava quando criança, que jamais os perderia...

e mesmo com a partida de vocês,

pensava que pudesse controlar a saudade

e a vontade de revê-los no campo da Grande Harmonia.

Mãe, anos se passaram...

sem a tua face, sem os teus cuidados, sem a tua preocupação.

Pai,

a vida toda quis te conhecer pessoalmente

e você partiu sem ao menos ver-me,

tocar-me e devolver todo amor que guardei para te dar,

na abertura do meu coração.

Mas o tempo continua passando e eu ainda os amo.

Sei que estava traçado no nosso destino, todas essas circunstâncias... entre afastamentos e ausências.

Porém, agora mais ainda,

considero que verdadeiramente a morte não existe

e nem conseguirá realmente nos afastar.

O que nos prende são laços infinitos,

porque somos todos, águas...

águas da mesma fonte,

indo e vindo do mesmo mar.

Pai, Mãe esteja onde estiverem...

estará o nosso indecomponível amor.

Sempre seremos mais que amigos,

mais que irmãos, mais do que o previsto.

E nesta simples expressão...

eu agradeço pelo que foi sentido,

pelo que não foi concluído,

pelo que foi intencionado, pensado, aceito

e até mesmo, pelo que foi inconscientemente

ou inconscientemente, rejeitado...

Peço perdão por todas às vezes que ousei julgar, que não obedeci

e não acolhi o sentimento de vocês, como deveria...

Com toda reverência: Pai e Mãe, Mãe e Pai...

Muito obrigada pela vida, pela atenção, por tudo de mais profundo entre nós, pela minha indescritível Poesia!

EU ORO PELA FELICIDADE DE VOCÊS!

QUE ATRAVÉS DE DEUS,

SEJAMOS CADA VEZ, MAIS FELIZES!

MUITO OBRIGADA PAPAI!

MUITO OBRIGADA MAMÃE!

Fim desta, Cristina Maria O. S. S. - Akeza.