SAUDADE: do SIDO SER.
Como se mede a saudade?
É com o tempo que dura?
É com a circunstância que aparece?
É com a aparência de quem vemos?
É com a música que ouvimos?
É com o carro que dirigimos?
É com a moto que pilotamos?
É com o perfume que olfatamos?
É com os panos que nos envolvemos?
É com a cadeira que sentávamos?
Se for por perca, substitui-se.
Se for por enganos, passe a ser cuidadoso.
Se for por descaso, se liga.
Se for por motivo divino, devemos tê-la como dadiva, pois é sinal de paz, para os que não mais temos fisicamente, só na saudade. Essa não se mede. Só curte-se.
Uma viagem sem nave, sem comando, sem companhia física, só a lembrança do SER, já SIDO.
Esta saudade acalma o espírito e o coração, na comunhão com DEUS.
DOMINGOS INACIO