A minha amiga etérea - Hull de La Fuente (Republicação)
CARTA A MINHA AMIGA E POETISA DA USINA DE LETRAS - "HULL DE LA FUENTE"
A minha etérea amiga de Brasília, percebendo que o meu problema era um buraco aberto no peito, resolveu me escrever, na sinceridade mais sensível de suas palavras, e a partir disso, o mundo pareceu-me com uma promessa de felicidade.
Percebeu, a minha amiga, todos os meus sentimentos, como se soubesse minha impressão digital, a cor de meus olhos e o tom de minha voz.
Enriqueceu minh'alma, oferecendo-me brisa fresca e um céu azul. E esse é o oferecimento que me eleva - me jogou nos absintos, para fazer seu suave perfume entrar em meu corpo, mostrando-me que ainda não me aproximei o bastante do mundo.
E me fez ter a consciência, contra todos os meus preconceitos, de acreditar numa verdade - a de que sou poeta!
E então o amor me apareceu como uma verdade do mundo. E é ele o grande sim que digo à realidade que me resta, e eu digo - sou poeta!
Através de suas doces palavras, sem querer ser dogmática, ganhei a clarividência de compreender o outro, alargando-me, livrando-me da tirania da obsessão de um amor platônico, possibilitando-me vida com as verdades que possuo e que me fez acreditar - que sou poeta!
Minha doce e amada amiga de Brasília, "etérea" é você. Etérea é sua alma tridimensional, que se engrandeceu ilimitadamente para poder compreender as necessidades de reles seres comuns, como eu, como nós - poetas!
PS: Você é muito importante, para mim.