ASSEMBLEIA DO MORTOS

Piauí, Dom Inocêncio, Zona Raul interior.

Certa vez houve uma assembleia dos mortos para recordar e reclamar da vida terrena e da solidão. O líder era Padre Marcos, que andou muito por aquelas bandas até Ponte da Serra. Um homem que morreu no mato e lá foi enterrado foi o primeiro a falar. Disse o homem: “Já morri sem luz e santo nas mãos porque morri no mato. Mas poderiam ter me enterrado junto com meus parentes. Fico em uma solidão terrível sozinho naquele lugar pagão”. Todos que foram enterrado em qualquer lugar reclamaram como Padre Marcos.

O defunto sacerdote disse que achava um erro enterrar gente em qualquer lugar. Disse Padre Marcos: “O cemitério é um lugar santo. Desde a antiguidade que havia cemitérios, portanto, enterrar gente separada Isolada é paganismo”. Uma mulher que morreu no meio do sol, com sede e fome, falou que quando é dia de finado, ela fica sem visita e oração. O que foi confirmado por todos. Padre Marcos respondeu que iria tentar fazer alguma coisa. Baixou em uma casa espírita e psicografou:

“Parem! De enterrar gente em qualquer lugar que isso é paganismo. O morto, vez oura volta onde estão seus restos mortais, e precisa de oração coletiva”. O médium poeta mandou avisar aos desta vida do absurdo que praticam: estão fazendo paganismo.

ADAM NHOZINHO

ADÃO NHOZINHO
Enviado por ADÃO NHOZINHO em 03/10/2020
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