Meu descosturado coração de pano
Quando penso em você
a imagem que vislumbro é o olhar distante
de quem começa a namorar o céu.
O sorriso escondido pela lágrima que teimou.
O passo lento e trôpego de quem urge descanso.
A saudade zomba de mim.
Faz escárnio da minha dor.
Ímpia ela festeja, brinca, se alegra.
E ri da minha impotência.
As trevas entranham meu ser.
Sinto cravar em meu peito a saudade com forma de agulha.
Coração em retalhos.
Rasgado pela distância.
Meu descosturado
coração de pano