Física
Quanta sensualidade a brisa provoca,
jogando seus cabelos contra a face,
indelicadamente abrindo a blusa,
fazendo meu olhar numa falsa recusa
de não contemplar o que tanto quero.
Quanta pureza a chuva demonstra,
colando os cabelos no rosto, as vestes pelo corpo,
disfarçando alguma lágrima
que sola em transparente mistura,
em afinidades que definem
as saudades que exprimem
uma longa ausência antes do adeus.
Quanta coisa a palidez da tarde,
do ocaso triste de abril mostra,
quando se vão as últimas luzes
no despertar que inicia o aperto da noite
comprimindo o peito,
disfarçado, acho um jeito
de vagar pelo pensamento
e tocar no segundo da sua ausência,
burilando seu corpo numa dança exótica
com raios incidentes,
que nem mesmo a própria ótica
magnânima poderia explicar.
Quantas fábulas a madrugada conta;
às vezes, alheia a dor...
Sempre provoca e desenha seu rosto no papel,
no mesmo que recebe da poesia o véu,
quando se cala pelo todo delineado
na sensualidade do “collant” colado,
do cabelo contra o vento em desalinho,
esculpido no rosto, relatando, me delatando
para que o mundo saiba,
saiba que não sou mais, quando éramos.
Quanta sensualidade a brisa provoca,
jogando seus cabelos contra a face,
indelicadamente abrindo a blusa,
fazendo meu olhar numa falsa recusa
de não contemplar o que tanto quero.
Quanta pureza a chuva demonstra,
colando os cabelos no rosto, as vestes pelo corpo,
disfarçando alguma lágrima
que sola em transparente mistura,
em afinidades que definem
as saudades que exprimem
uma longa ausência antes do adeus.
Quanta coisa a palidez da tarde,
do ocaso triste de abril mostra,
quando se vão as últimas luzes
no despertar que inicia o aperto da noite
comprimindo o peito,
disfarçado, acho um jeito
de vagar pelo pensamento
e tocar no segundo da sua ausência,
burilando seu corpo numa dança exótica
com raios incidentes,
que nem mesmo a própria ótica
magnânima poderia explicar.
Quantas fábulas a madrugada conta;
às vezes, alheia a dor...
Sempre provoca e desenha seu rosto no papel,
no mesmo que recebe da poesia o véu,
quando se cala pelo todo delineado
na sensualidade do “collant” colado,
do cabelo contra o vento em desalinho,
esculpido no rosto, relatando, me delatando
para que o mundo saiba,
saiba que não sou mais, quando éramos.