Complexos


Hoje ao passo infinito dos sonhos,
Minha vida trôpega se transformou,
Num burrilar de nostalgia e dores.
E eu afago, em sorrisos ditosos,
Em reflexos de anúncios luminosos,
A saudade que trago, de outros  amores.
E ao passo, curto, do tempo que passa,
Transpiro em versos, por aquilo que não tive.
Aquele carinho, de uma alma que fosse só minha.
A medida que o tempo se espaça,
O fluxo da aquarela;
Na pintura da mais linda gazela,
Fez surgir a musa de cabelos sedosos.
E eu curvo-me, diante de tanta gente,
Que sem saber quem sou,
Sorri de minha saudade,
Com reflexos nos luminosos.