maginei


Ontem chovia...
A água descia pela janela,
E suas gotas escorriam contra a vidraça;
Dando aparência de pérolas.
...
Lembrei-me delas,
De tuas lágrimas;
Que saiam da janela de teus olhos,
Não escorriam em vidraça,
Rolavam em tuas faces,
Idênticas a pérolas.
...
A chuva inda caía.
Cada gota que se punha debruço
Sobre esta vidraça,
Parecia dos céus um soluço;
Pérolas iguais as dos olhos teus
Que se perdiam pelo chão.
...
Lembro...
Vejo...
Parecia um choro de desprezo.
E eu pensava.
- e esta chuva que não passa,
E meus olhos ficaram pousados sobre as pérolas,
Sentindo teu rosto na vidraça.