Pássaro da Saudade


Pássaro ingrato...
Nas asas da saudade
Levas a melodia doente.
Que rolam pelas faces em fio transparente.
Alguém...
Não importa quem,
Fazes dele um escravo.
A distância,
Sem barreiras,
Fazes lágrimas, rolarem como cachoeira.
És veloz.
Trazes mágoas,
Aquela solidão atroz.
És rebelde...
Quase triste.
Às vezes, em tuas asas, trazes alegrias.
És caprichoso;
Tiras a quietude de alguém distante,
Não fazes por maldade.
Tuas asas a todo instante
Vagam por este mundo, que não sabe viver sem ti:
Pássaro da saudade.