Suprima










A tarde amarela, num último lampejo,
tentou abraçar minha única saudade,
fazendo uma constante vigília
entre o amor e a solidão.
Foram tentativas que se espaçaram
sem os ruídos do ocaso,
da profunda melancolia.
E em meio as neblinas do entardecer,
vi todo o fenecer
daquele sol amarelo,
que buscou também alcançar,
na ânsia de levar
minha única saudade.
E pelas mãos da noite,
cheguei a madrugada
que evita o sono,
trazendo minha amada
retida, presa em minha única saudade.