Somente saudade
Eram negros os olhos da minha noite;
não pude vê-los,
apenas tocou meu rosto seus cabelos.
Senti saudade... Ela se foi.
Eram castanhos os olhos da minha madrugada;
se fecharam para mim.
Percebê-los, não pude,
somente toquei seus seios com meus lábios,
senti seus arrepios
numa insegura retirada.
Fiquei só, sem sua juventude.
Verdes eram os olhos das minhas manhãs;
pude vê-los,
tocar seus pelos,
pele na pele, sabor de mel,
mas ela se desprendeu como uma flor,
rompendo meu silêncio de amor.
Castanhos são meus olhos;
das minhas tardes tristes,
de tudo que já não existe,
da solidão que se fez um hábito
na saudade que chegou, desfez os males
e sem nenhuma timidez,
vestiu-se de amante,
perdidamente sonhadora,
pelo passado que também se foi
e que o tempo já leva distante.
Eram negros os olhos da minha noite;
não pude vê-los,
apenas tocou meu rosto seus cabelos.
Senti saudade... Ela se foi.
Eram castanhos os olhos da minha madrugada;
se fecharam para mim.
Percebê-los, não pude,
somente toquei seus seios com meus lábios,
senti seus arrepios
numa insegura retirada.
Fiquei só, sem sua juventude.
Verdes eram os olhos das minhas manhãs;
pude vê-los,
tocar seus pelos,
pele na pele, sabor de mel,
mas ela se desprendeu como uma flor,
rompendo meu silêncio de amor.
Castanhos são meus olhos;
das minhas tardes tristes,
de tudo que já não existe,
da solidão que se fez um hábito
na saudade que chegou, desfez os males
e sem nenhuma timidez,
vestiu-se de amante,
perdidamente sonhadora,
pelo passado que também se foi
e que o tempo já leva distante.