Sem limites



Tantas me amaram, quantas,
feitas, quase sempre a mim muitas.
Loucas, não foram poucas, aos beijos
entregues, loucas na cama, foram tantas.
Saudosas, amantes bem poucas,
aquelas que ficaram ao berço,
rendidas ao amor...
Bem poucas, reconheço.
Muitas foram nuas,
despidas pelo desejo, seguidas pelo meu beijo.
Tantas pelas ruas,
engolidas pela sorte, esquecidas pela morte.
Tantas peladas, quantas,
feito gente, eram plantas,
sementes, vícios, abandono.
Hoje sou gente destas plantas,
semente dos vícios alados,
somos nus, pelados,
pelas vidas que urgem de saudade,
pelos lados daqueles que falam de fé,
mas que sabem usar de tudo no todo de uma mulher.
Eu, continuo na saudade de tantas,
nas noites, aguardo uma qualquer.