Dizimou


Tantas foram as coisas que você levou,
coisas que deveriam ter ficado
mas, você levou...
Naquela tarde onde o tempo parou.
Outras tantas que deveriam ter ido...
não foram,
ficaram,
para causar danos a ecologia,
exterminando com tudo,
matando os germes do amor,
acabando com as cores,
liquidando as sementes de carinho.
Você não levou também
o fardo pesado
transbordando de saudade.
Você foi pelas tardes,
sem noites, nem manhãs,
agora mais do que nunca tristes.
Os dias choram comigo,
a natureza contempla
e lamenta em ruídos,
em lágrimas que inundam as ruas.
Somos cúmplices do meu amor,
fiéis a única dor...
a destruição.
Somos amantes da paz,
donos da poesia,
do dia a dia
que são feitos os anos;
o tempo que passará
sem que nunca esqueçamos de você,
que se foi em palavras,
mas, em preces é lembrada
e o será eternamente
fiel dona da poesia,
que forma os anos, o tempo,
retratada nas pautas dia a dia.