Integram-se


Seus olhos azuis
se perderam novamente
pelos meus,
eles lamentam pelo cinza
que o céu se fez.
Seus olhos azuis
novamente se voltam aos meus,
se calam ao palor de minhas faces.
Novamente seus azuis olhos
se perdem pelos meus,
pelo espaço de nós dois.
E em cada sonho, prece,
nossas mãos se buscam
pelos olhos que se fitam.
Novamente o ar da saudade,
sem um porque se entende.
Nossas mãos pelos corpos se procuram,
pelos olhos azuis que buscam os meus.
Novamente sem nada, sem razão,
o sabor do desgosto
pela perda, sem olhos azuis,
sem encontro com os meus.