Foi-se
Não existe mais amor,
corpo no corpo
dividem cama,
copo no copo, fim de bebida,
finda o brinda...
sem despedida.
Não existe mais caminho.
Pegadas, só pegadas espalhadas,
tão bem espelhadas
nas poças, nos olhos
em descaminho,
desalinho,
rumos trancados.
Não existe mais oração,
fé que se põe de pé,
grita, propaga,
se espalha,
se faz em gramas,
mistura-se em gramas... Secas.
Não há saudade, nem passado
de gente, da planta, da terra,
corpos, poluição, guerra,
nada resta sem poesia;
sem manhãs, ocasos,
mãos enlaçadas.
Nada existe nas calçadas
além de turbulento vai e vem,
gente com pressa de viver,
compasso das virtudes perdidas,
dos valores inacabados
pela inexistência da vida,
vida de vida sem pressas,
acontecendo em amor
cada minuto perseguindo.
Não existe mais amor,
corpo no corpo
dividem cama,
copo no copo, fim de bebida,
finda o brinda...
sem despedida.
Não existe mais caminho.
Pegadas, só pegadas espalhadas,
tão bem espelhadas
nas poças, nos olhos
em descaminho,
desalinho,
rumos trancados.
Não existe mais oração,
fé que se põe de pé,
grita, propaga,
se espalha,
se faz em gramas,
mistura-se em gramas... Secas.
Não há saudade, nem passado
de gente, da planta, da terra,
corpos, poluição, guerra,
nada resta sem poesia;
sem manhãs, ocasos,
mãos enlaçadas.
Nada existe nas calçadas
além de turbulento vai e vem,
gente com pressa de viver,
compasso das virtudes perdidas,
dos valores inacabados
pela inexistência da vida,
vida de vida sem pressas,
acontecendo em amor
cada minuto perseguindo.