... De longe
Vem de longe meu silêncio,
a pé, trôpego, cansado,
traz de lado uma história,
um fato, um passado
daquela que se perdeu,
que fez nascer,
viu brotar bem do fundo
disto que se diz mundo,
a esfera do amor,
que pouco a pouco rolou.
Vem de longe
minha fábula,
seu contraste em pedaços,
nas mãos ainda seus traços
feito colagem pelo papel,
brilha seu rosto no final.
Vem de longe,
sem afagos,
sob raios lunares,
brilhantes em outros lugares,
opacos pelos caminhos
desta vinda de tão longe
em busca da paz
que quase se aproxima.
Vem de longe,
pelas lembranças,
são mudanças
feitas na alma, no vazio
que se troca pelas falsas idéias,
que espera a vaga para fugir
ao trôpego cansaço da vinda,
na próxima, na última parada.
Vem de longe meu silêncio,
a pé, trôpego, cansado,
traz de lado uma história,
um fato, um passado
daquela que se perdeu,
que fez nascer,
viu brotar bem do fundo
disto que se diz mundo,
a esfera do amor,
que pouco a pouco rolou.
Vem de longe
minha fábula,
seu contraste em pedaços,
nas mãos ainda seus traços
feito colagem pelo papel,
brilha seu rosto no final.
Vem de longe,
sem afagos,
sob raios lunares,
brilhantes em outros lugares,
opacos pelos caminhos
desta vinda de tão longe
em busca da paz
que quase se aproxima.
Vem de longe,
pelas lembranças,
são mudanças
feitas na alma, no vazio
que se troca pelas falsas idéias,
que espera a vaga para fugir
ao trôpego cansaço da vinda,
na próxima, na última parada.