Retalhos
Vou na espera sem um por que,
no aperto pelo canto da boca,
como coisas jogadas pelo canto
e no som o próprio canto
da nota que vai pelo espaço,
aquele vago canto vazio,
sem nada ao meu lado.
E é pela espera que vem o espanto
retido em algum canto,
ainda encontro seu retrato
que machuca no contato,
repele uma ponta de alegria
que disfarça no canto da boca,
delineia um sorriso,
quase um pedaço amargo
daquele fel
que tirou a doçura do seu beijo,
do mesmo canto que aperta a boca.
E como se nada fosse
fui, sem nunca haver ido,
boleando o laço sem rumo,
sem um por que,
pelos cantos, pelos lugares festivos,
os mesmos... Aqueles
que na espera veriam a chegada,
a hora de tantas,
de tantas saudades.
Vou na espera sem um por que,
no aperto pelo canto da boca,
como coisas jogadas pelo canto
e no som o próprio canto
da nota que vai pelo espaço,
aquele vago canto vazio,
sem nada ao meu lado.
E é pela espera que vem o espanto
retido em algum canto,
ainda encontro seu retrato
que machuca no contato,
repele uma ponta de alegria
que disfarça no canto da boca,
delineia um sorriso,
quase um pedaço amargo
daquele fel
que tirou a doçura do seu beijo,
do mesmo canto que aperta a boca.
E como se nada fosse
fui, sem nunca haver ido,
boleando o laço sem rumo,
sem um por que,
pelos cantos, pelos lugares festivos,
os mesmos... Aqueles
que na espera veriam a chegada,
a hora de tantas,
de tantas saudades.