Outono

 

Aqui no silêncio do quarto as imagens se confundem, minha cabeça gira, talvez, em busca, fugas para o nada.

E lá no fundo baila o retorno, seu vulto emoldurado pelo contorno, pelo azul que envolve as puras.

Fito então minhas lacunas, encobertas pelas brumas que circundaram minhas sombras, e se fizeram como tudo se fez, em sonhos, ilusões, rapsódias.

E aos despojos da distância, enterro minha saudade no peito, sufocando a palavra que aflora, lamentando sua ida, daqui, agora, do silêncio do quarto vazio... Deixando apenas, a sombra da imagem, gravada na parede... Pra sempre.