Esquecimento
 
A alma latente verseja, sugando a fundo pelo peito aflora; mandando o tédio, a solidão embora, fazendo fuga a lágrima que goteja.
Responde a musa em réplica sonora como cheiro de manhã, dorso que almeja, carícias livres, explode, deseja ficar na alcova pela vinda da aurora.
A última lágrima corre-lhe pelo peito, banhando o verso que ficou esquecido, deixado, solto, também, ainda sobre o leito.
Calado o lirismo pelo momento, o desejo pelo cansaço vencido e mais uma noite se põe no esquecimento.