AMOR DE PERDIÇÃO
(Sócrates Di Lima)
Hoje tirei o dia,
Para viver nostalgia...
E refazer em poesia...
O amor de alegria,
Que fez de nos realidade e fantasia.
Nossas pequenas mãos...
Nossos anéis,
Firmaram nossa união...
Sentimentos fieis.
Hoje distante faz,
O tempo que nos amamos,
Nos dois nunca mais..
Apenas nas minhas saudade ficamos.
Lembro-me de suas mãos,
Quando minha face acariciava,
Quando minha boca calava...
Em meio a sublimação,
nos murmúrios que nos tombava.
Ainda me lembro...
postamos nossas mãos nas luas,
desenhadas numa parede em setembro,
mãos minhas e tuas.
Tuas mãos macias...
Pequenas mas de grandes sentidos
Tanto amor tantas caricias...
Que faziam do amor, gemidos.
Por isso que homem chora...
Quando lá bem longe do seu passado,
Se lembra do amor que foi embora,
Mas deixou no tempo e na alma um legado.
Hoje tirei o dia para sentir saudades,
Propositadamente o fiz,
Não me importo, eh caridade...
Escrita em minha alma, em giz!
Não me importo,
Se tu vais gostar ou não,
O que me conforto,
E que eu vivi um grande amor,
único seja a todo vapor,
Foste um grande amor de perdição.
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A saudade mais dolorida,
É aquela que vive no peito,
Uma saudade atrevida,
Daquelas que não tem jeito,
E por nunca cicatrizar,
É uma saudade que o tempo marca,
A gente sabe que dói de sangrar,
e que no coração jaz,
E por tudo que a gente sente,
É de morte, indolente,
Tem outro dono seu coração e não podemos ir atrás.
(Sócrates Di Lima)