Meu tempo

O meu tempo já não mais espera.

Invernou.

Meu corpo está gélido.

Libertou.

Porta aberta sobre meu corpo

Para só vento entrar.

Eu há muito estava dando defeito

O útil é a lembrança.

Dia em que o mar vai levar toda dor

Pra lá.

Um último adeus?

Se não, vou tomar café e comer torta assim mesmo.

Em todas as galerias, pão.

Em todas as bocas, não.

Pri Azze
Enviado por Pri Azze em 27/05/2019
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