Que saudades!

Que saudades!

Quando as fotos antigas me reportam àqueles tempos memoráveis, fico pensando nos meus tempos de menino! Que saudades dos taxis, bondes, casas comerciais, cinemas, mercearias, farmácias, igrejas, conventos, palacetes, escolas, barbeiros, em fim, dos meus tempos de criança de calça curta, cabelo cortado tipo americano. Tudo tinha sua disciplina, seu respeito, sua moral e frequência ao rito religioso. Nossos pais obedeciam meus avós e nós a todos eles. A obediência nos levava ao cumprimento da Lei e ao castigo da desobediência. A punição vinha de casa para a escola e dela para o convívio social. A sociedade era atuante nos seus costumes execrando seus maus hábitos. A politica era programática e seus correligionários eram fieis a sua prática e militância. Os tribunos em seus comícios em praça pública eram idolatrados. Nossas vidas tinham um ideal ha ser cumpridas e era sistematicamente a prova dos seus objetivos, não se transigia não se molestava, custasse o que custasse. Criança tinha os seus espaço infantil e a juventude a sua adolescência no seu tempo. Os homens eram forjados pela educação, tinham sua profissão, e, via de consequência o, seu emprego. As mulheres dedicadas à vida domestica, bancaria, comercial, enfermagem e farmacêutica, tinham seus espaços respeitados até no funcionalismo público. A vida era em harmonia, respeito e patriotismo. As datas cívicas eram comemoradas com participação maciça da população, com respeito e dedicação. Os hinos eram entoados por todos e os símbolos eram ostentados. Os feriados eram guardados e respeitados, com desfiles escolares, classes profissionais, políticos, militares e eclesiásticos. As indústrias contribuíam para os festejos com seus reclames e as rádios divulgavam em tempo real os acontecimentos que viriam a serem manchetes de jornais no dia seguinte. As revistas traziam os acontecimentos semanais ou mensais, a cores, destacando os mais importantes. Tempos memoráveis que hoje são abomináveis. Nem tudo da nossa história e crível nos dias de hoje; são apagados, demolidos, negados, inverossímeis.

Chico Luz

CHICO LUZ
Enviado por CHICO LUZ em 28/04/2019
Reeditado em 28/04/2019
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