Para ti
Hoje, dedico cada sílaba decifrada para ti. Isso é orgulho de dizer que, na verdade, todos os meus dias se voltam a querer fazer valer a experiência indescritível que é amar-te. Já não posso mais te tocar ou dar um cheiro sequer, mas teu tato é aflorado, no meu peito, a todo instante, e o teu doce aroma vagueia pela estrada do meu desejo: querer te ter comigo de novo.
Não, essa não é mais uma das minhas melancólicas e saudosas mensagens, devido à tua partida. Essa é uma confissão de que te carrego, no olhar, constantemente, além de te carregar, no comemorar das minhas seguras memórias dos tempos, onde a nossa dança repleta de paixão se divertia pelo vento. Esse é um detalhe do quão bonito era teu sorriso pela sinceridade que revelava. Por favor, peço que tenha um singelo espaço para recordar o som das nossas risadas caladas e, muitas vezes, escancaradas.
Por que a despedida é tão difícil? Não julgo egoísmo, mas tua presença marcou minha existência, marcou meu passo físico e concreto presente. Tu me entendes? Talvez, tenha sido a frequência da nossa batida no mesmo ritmo ou o gosto do teu beijo. Talvez, tenham sido tantas outras coisas. Nosso imaginário é mesmo incrível.
Mais uma noite mal dormida, todavia te sinto como nunca: será se tu pensas em mim e me imaginas nua? Ou, tampouco, pequenos enormes contatos pele a pele e sussuros de carinho? Pensas? Nunca, será tanto faz.
Essa mensagem não é um adeus pelas lembranças fixadas ou pela distância traçada. Essa é um aviso de "quiçá, tenhamos um breve reencontro". Deixei-as sair. Agora, quem sai sou eu.