Onde estarão minhas rosas?
Eu pensei que pudesse esquecer as rosas, as rosas mais delicadas e sedutoras que conheci.
O seu cheiro, o seu sabor, o seu desejo.
Eu pensei que pudesse esquecer o amor, o amor que senti, que toquei e me permiti.
O seu cheiro, o seu sabor, o seu desejo.
Eu pensei que pudesse esquecer o olhar, o olhar mais calmo, intenso e profundo que mergulhei.
Ah, eu pensei que a vida nos levasse tudo, sem deixar resíduos, palpitações, dúvidas e nostalgias.
Ah, eu pensei que voltar fosse possível, mais seguro, fácil e agradável como um dia foi estar, como uma dia foi estar.
Tantas coisas pensei... Tantas vezes quis voltar.
Hoje são tantas as certezas e incertezas que adquiri ao longo do caminho, até aqui.
Onde estarão agora minhas rosas, meus amores, aquele olhar? Tudo que um dia eu tive, tudo que a vida pouco a pouco me levou e ainda me leva. Maria Andrelina (Delina)
Escrito 20 de janeiro de 2017