Mensagem da meia noite 1
E mais uma vez me vejo aqui pensando, tentando expressar o que estou sentindo e me ousando a te mandar mensagem. Não importa o quanto você foi grosso comigo, o quanto eu diga que me decepcionei ou coisa assim. Não interessa o quanto você não queira mais ter contato comigo ou já esteja com outra garota. Talvez a culpa seja minha por viver as coisas de forma tão intensa e levar tudo que eu consigo captar a minha volta para as profundezas do meu interior. Cada vez que eu saía da sua casa, eu vinha mastigando, desmiuçando cada detalhe das suas expressões pelo caminho, além de levar todas as recordações de sensações do seu toque na minha pele para meu travesseiro e daí então, ficar a noite toda deitada, sem saber o que era lembrança ou sonho. Sozinha, me pegava em diversos momentos beijando, mordendo a minha própria boca pensando que era a sua. Nós dois, sempre, olhando um para o outro, incansavelmente. Pareciam eternos todos aqueles milésimos de segundos. As vezes, nessas horas que eu te encarava, eu me desafiava a pensar em algo fora dali, longe daquele quarto e da pessoa que estava a minha frente. Tentava pensar no amanhã, no que eu tinha feito durante o dia e o que faria quando saísse dali. Mas não vinha nada. Só conseguia pensar em uma coisa: que tudo ficaria bem, porque eu estava com você. Era engraçado o quanto eram intensas as coisas no começo, ao ponto que nem precisávamos tocar um ao outro para sentir o quão forte era nossa conexão. Tínhamos medo de ir além dos beijos, com receio de estragar a harmonia existente entre nós. Enfim. Não me pergunte porque ainda estou aqui escrevendo isso. Fica bem.