Entre Sorrisos e Lágrimas  

 Uma reflexão sobre a saudade que vive nos momentos de ausência.

 

  Houve um tempo em que eu sorria, mesmo quando o coração pedia para chorar. Era como se minha alma tentasse disfarçar a falta que algo ou alguém fazia. Um sorriso forçado, guardando uma lágrima que insistia em cair.  

 

   E então, em outro momento, chorei com vontade de sorrir. Talvez fosse a saudade transformada em lágrimas, tentando aliviar a dor que eu sentia. Mas, por dentro, eu só queria que o riso fosse genuíno, que a alegria voltasse.  

 

  Teve um dia, tão confuso quanto os outros, em que sorri e chorei ao mesmo tempo. Foi como se minha saudade gritasse, me lembrando que, às vezes, a alegria de recordar se mistura com a tristeza da ausência.  

 

No dia seguinte, parei e pensei... Por que, naquele instante em que chorei, algo me impediu de sorrir? Será que a saudade era maior do que a força que eu tinha para resistir?  

  Por outro lado, lembrei dos momentos em que eu queria tanto sorrir, mas o coração me traiu e chorei. Será que foi a lembrança boa que veio acompanhada pela dor da distância?  

 

  Refleti sobre isso. Será que as lágrimas que derramei foram de felicidade disfarçada? Talvez fossem uma forma silenciosa de agradecer pelos momentos que tivemos, mesmo sabendo que eles ficaram no passado.  

 

  E os sorrisos que forcei? Será que eram a maneira de esconder uma tristeza profunda? Aquela que a saudade insiste em trazer quando a ausência se faz presente.  

 

  Às vezes, penso que sorria para não me entregar à dor, para lembrar que você vive nas minhas memórias. Outras vezes, acredito que chorava porque a saudade apertava tanto que o coração não conseguia suportar.  

 

  Hoje, os dias são assim: cheios de sorrisos misturados com lágrimas. É a saudade falando comigo, me mostrando que as emoções podem coexistir, que é possível sentir falta e, ao mesmo tempo, agradecer pelo que foi vivido.  

 

  E, mesmo entre sorrisos e lágrimas, guardo a certeza de que a saudade é o amor que ficou. Um amor que não se apaga, que sobrevive ao tempo e que, de vez em quando, me faz sorrir... ou chorar.  



 

A Sales
Enviado por A Sales em 29/08/2016
Reeditado em 17/11/2024
Código do texto: T5744005
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