Quimeras
Não devia ser tão difícil dizer adeus, afinal, não se tem escolha.
Se tem escolha, não é adeus coisa nenhuma.
Adeus dura pra sempre, sempre é uma palavra que apequena a vida,
é um até amanhã que se repete, por cem anos ou um simplesmente não volta do almoço.
Ele dura, perdura... se arrasta,
se alastra, e de repente, dissemos.
Adeus é o que todas aquelas pessoas da escola,
nunca disseram pra gente,
mas tampouco as vimos outra vez.
Adeus é outro eu, feito de retalhos que costurei em mim,
para que eu não partisse em dois.
Um grande paradoxo, ou uma bela asneira.
E birra, e fraqueza.
A tristeza esvaziando tua cara em uma goteira.
Somos nós esperando um encontro,
um algo a mais,
um aviso,
um olá.
Amar, contar e descontar mas nunca ser a história,
posto que se passou outrora.
Adeus é o ápice daquela hora desesperada,
onde pedimos ao inalcançável,
que tome conta do inacessível.
Adeus é o grande talvez,
que eu saí de casa a procurar,
é voltei com o bolso cheio de porquês