PARA TEU AMOR

Que resolveu dar tempo ao tempo,

na beleza de existir...

e numa cosmologia silenciosa,

veio acrescido de lembranças tantas...

Se no momento,

não te apresentavas livre para o sentimento,

teu gesto inconsciente deveria separar as palavras...

que tanto nos aprisionam

e em seguida,

movimentam essas paisagens

intransponíveis.

O grito ainda se encontra preso na garganta,

mudo com o beijo,

oculto na paisagem de um sonho...

a espera de uma carícia plena...

no exato momento do toque,

revelado quem sabe...

para um outro plano.

Então, repouse...

descanse suave,

mas não deixe de me amar.

Pois virá o dia...

em que a semente lançada,

germinará no universo de tua alma

e o instante...

fixará a razão

que nos reconfortará.

Eu

estarei esperando,

com o motivo do riso

e a resolução da lágrima.

Estarei esperando...

com a maturidade da ternura,

conduzida pelo reconhecimento do coração.

Pois virá...

virá que eu sei,

o dia em que não mais resistirás.

E revestido de entusiasmo,

contemplado de alegrias

multiplicarás tuas certezas...

e na repetição de nossas extremidades,

serás amado,

como estais sendo agora...

com toda a minha natureza.

E a oferta será recíproca,

como o reflexo indicado pela luz da essência.

Que preenchida de esperança,

será bem-vinda...

entre todas as nossas futuras vidas,

para cumprir o destino,

que o pensamento tentou limitar,

para a nossa presença.

Fim desta, Cristina Maria O. S. S. - Akeza.

Akeza
Enviado por Akeza em 02/06/2007
Reeditado em 23/09/2014
Código do texto: T511600
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