A perda - Um legado que fica

Queria eu ser digno de questionar quaisquer que sejam os acasos da vida e até praguejar contra o tempo. Dói. Dói muito perder alguém querido. Mas Eu, sobretudo Umbandista, tenho (de ter) a concepção de que o desencarne é algo bom, pra quem se vai. Deus, nosso Pai Maior, em sua infinita bondade, nos dá a oportunidade de dizer o quanto gostamos de alguém, em sete dias por semana, trinta dias num mês, trezentos e sessenta e cinco dias e seis horas, num ano, pra que façamos o melhor para nós e para nosso próximo. E eu sinceramente não sei se o fiz quanto devia. Dizia Fançois Rabelais: "Conheço muitos que não fizeram quando deviam, porque não quiseram quando podiam". Pois é, acho que quis tarde demais. Tal qual o "Epitáfio", "Devia ter amado mais/ Ter chorado mais/ Ter visto o sol nascer"; e o sol não nascerá fisicamente - para quem se vai -, mas espiritualmente. O espirito agora galgando sua evolução na espiritualidade, deixa um legado em vida. "Jamais desista dos seus sonhos, meu filho...", dizia ele, tão alegre e esperançoso de que sua parte está sendo feita, direcionando vidas, ensinando (e, porque não, aprendendo também?), dando luz àqueles que ainda não viram o sol nascer... Que o sol nasça e leve embora a tristeza e o vazio que ficou.

Guardo as lembranças boas (porque não há ruins), das aulas mais divertidas e dos puxões de orelhas que só faziam aumentar a maturidade pra encarar a vida escolar e a vida de forma sensata e como ela mesmo é: rígida. Seu legado ficou, grande amigo. Suas risadas, batuques na mesa, a alegria de ensinar, ao mesmo que com gosto, exercia a docência, não foram em vão, não foram ao léu. Eis-me aqui, mestre. Pronto para levar a diante seu legado: jamais desistir dos meus sonhos...

Eduardo Costa (Apresentador)
Enviado por Eduardo Costa (Apresentador) em 07/01/2015
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