SILÊNCIO
Meu amor esta impregnado de tempo
E a distancia entre o ontem o hoje e o amanha
Pode estar por um fio formador da memória
E sem ao menos dar-me um ínfimo espaço de tempo
Você diz que nosso amor acabou de uma forma natural
Não lhe peço nada e nem tampouco buscarei uma tentativa inglória
Talvez todo esse momento seja um pequeno contratempo
Por quanto tempo mesmo o nosso amor durou
Mas como podemos dar-nos o direito de medir o tempo do amor
Como dizer racionalmente o início o meio e o fim do amor
Em mim tenho-o guardado a setes chaves no cofre das emoções
Que dentro do baú de meu tempo vaga no mar de minha memória
Em uma angustiante viagem em busca de mil soluções
Na esperança vaga e talvez vã de reatar e reaver o que se perdeu
Enquanto isso vivo da voz de meu silêncio interior
Que me diz diuturnamente que meu silêncio
Seja a única maneira de fazer-me escutar
E quem sabe quebrar um dia
Esse silêncio em nós
Silenciosamente
Nós
...
Leilson Leão