O amor que não vem.

A vida é labirinto que leva a saudade, e a traz. Não me apraz sentir sua falta, mas o coração cobra de mim preços que não posso pagar. Faço dívidas, devo até a alma por você. A sua ausência me causou danos irreparáveis e é inexprimível o efeito colateral dessa droga que é amar sem retorno, pois nada é pior que um sentimento isolado e não correspondido, quer seja ele bom, quer seja ruim. É, trágico. Melhor me seria a morte que ficar pendurado dependendo da sorte ou do azar que é não ter. Não me contenho, não mais te tenho. Que mal mais há? Que há de vir? Se sim, será. Mas não por mim. A luz ofuscada do teu olhar me castiga, em toda a sinceridade de uma inimiga declarada há o amor de quem não veio, não chegou, mas ama de longe. Do lado de lá. A saudade me guia como um naufrago cego na ilha que é a indecisão.

É amiga ou inimiga a solidão?

Amanda SOliveira
Enviado por Amanda SOliveira em 14/04/2014
Reeditado em 08/05/2014
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