Saudades de pai
Ah, paizinho, dane-se o resto das convicções. Fato é que hoje, bem aqui e agora sinto uma saudade triste de você. Saudade inocente, mesmo não querendo que você volte, pois sei que esse corpo ta sem dor agora, mas com saudade de ouvir você falar: Mônica, me ouve, eu sou seu PAI, faz isso, faz aquilo pra mim, alô, e seu pai, vai tomar benção, me chamar a qualquer hora, me irritar quando percebia que ele tinha se esquecido que eu já havia passado dos 40, rsrsr. Hoje choro sem rancor, sem dor, mas com amor e vontade de ter abraçado mais esse peito largo, alisado mais seus fios grisalhos, ter dito mais o quanto você chateava, mas fora o pai lindo que a vida me deu...sei que está em lugar apropriado e de acordo com sua generosidade, seu sorriso de menino sem juízo na mocidade, mas como pai você abriu seu coração como só em um abraço se faz. Esse abraço que todas nós, mulheres de José , Vilma, Marcia Medeiros, Maeve Ribeiro Lavinas, eu, e as netas e neto...gostariam de dar a qualquer hora, sem a saudade ser regada de lágrimas, paizinho.