Minha Árvore Desejos de poeta
Uma pitangueira do jardim no Palácio do Catete – RJ
Ela faz parte
da minha existência
e da inocência
na minha infância,
que vivi tão bem...
Ela me recorda
as tardes ensolaradas
daquele tempo
que não volta mais...
NORDESTE... CIDADE DE SÃO LUIS...
Árvores que sombreavam
todos os quintais.
Crianças que brincavam,
que sorriam, que cantavam,
que empinavam papagaios,
pulavam corda, brincavam de roda,
bolinhas de gude, pega-pega,
brincadeiras de cabra-cega
e rola-rola no chão...
Crianças que pulavam fogueiras,
que furavam bananeiras
nos folguedos de São João...
Esta “minha” árvore, me lembra
das frutas dos nossos quintais:
goiabas, mangas, cajás, sapotis,
caju, jussara, buritis,
pitangas, castanhas, bananas,
guajuru, siriguela, cajazinho, amendoim,
tamarindo, maria pretinha, bacaba,
carambola, bacuri,
Jamelão, pitomba, cupuaçu,
milho, graviola, limãozinho, guajuru,
murici, jaca, amêndoa, camapu
e muitas outras frutinhas
que o progresso exterminou...
E hoje, depois de tantas mudanças,
talvez as nossas crianças
também conseguem sorrir
lá, no meu pedaço de chão...
Toco em ti, minha pitangueira,
és a minha artista brasileira.
Representas aqui, meu amado
MARANHÃO.