Para o meu amo-o-o-or

Estou aqui bem doutro lado, sem wi-fi, só com uma tal de 'utilização de dados', e vai tudo tão devagar que não seguem nem flores, nem versos com gatos/

Tento então comentar e justificar o silêncio, e o Face, fazendo-se rogado, não posta, e quando consigo essa via e me estendo,/

Perde tudo, extravia, e fico eu sem dizer, o outro, sem receber,/

E o Face, bem o tonto, nem pombo-correio, em dia infeliz de aprendiz, ficaria assim atarantado, perdido, aturdido/

Com as lições de remetente, destinatário, mensageiro, perdendo mensagens pelo caminho, pedaços de fotos ou bolos, miolos de pão, pra saber na volta o trajeto.../

Amanhã vou eu mesma levar o abraço, a flor, o cansaço, a vontade de dizer e o dito " Bem, eu o amo, não me deixe outra vez ir só; a distância é grande e ainda estamos em tempo de carro- de- boi pra enviar mensagem...

E não quero mais ir só; é doída demais a saudade; venha comigo ou fico eu mais você, sem curso, novidade, atualização./

Pra que serve isso tudo, se tudo é nada, em noite de fazer nada, só umas letras que vão adoidadas, apressadas, sem correção, com medo de perder o bonde, o navio ou a conexão? bjs de boa noite, já é tarde, pode ser que amanhã eu mesma dê a notícia; pela hora você não está mais lendo, o tempo ficou caduco, e você talvez esteja dormindo ou...

...não, nem quero pensar, pode ser que fique acordada, e amanhã não consiga pegar direito a lição.

.....................

Este texto quis ser música, prosa poética, mas saiu assim, todo picadinho, como fosse todo ele comentários em uma foto que postei pro meu amor, que estava distante de mim. Iria ser legenda em várias fotos; o Face demorava pra fazer o serviço; ficaram as fotos pra outra vez de novos envios, e o que estava pronto veio para o Recanto, pra se guardar o registro, em forma de mensagem.