Pensei e pensei e como foi difícil escrever estas poucas linhas.
Como se torna fácil sepultar os mortos que amamos (...), tanto, tanto.
Difícil são os vivos que querem ser enterrados e amamos.
Destes, sabemos que na verdade estão ali bem próximos escondidos talvez.
Triste condenação que é a súplica de carinho, um beijo, um retalho qualquer.
 
Andei, pensei, questionei e será que a vida vale a pena mesmo assim.
Hoje tive dó das mazelas da vida, das necessidades, das vontades escondidas num pobre coração humano.
Hoje pensei serem os sepultamentos “sinas infelizes”, que endurecem a alma um dia tão branca e leve.
Lembrei-me de tanta gente querida e olhando no espelho da vida até mesma eu me vi nesta fila cruel e que possui o sabor amargo do fel e da saudade de vivos e mortos.
Helisana Rodrigues
Enviado por Helisana Rodrigues em 27/09/2013
Reeditado em 27/09/2013
Código do texto: T4500026
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